Decisão ainda cabe recurso, mas respinga nas pretensões políticas de Vanderley virtual candidato nas eleições do ano que vem.
por:Paulo da Silva,atualizada às 8h
O juiz Juliano Luiz Pereira condenou o ex-prefeito Francisco Vanderley Mota (PSB), por improbidade administrativa após ação do Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul (MP/MS), por meio do promotor substituto na época, Matheus Carim Bucker da Comarca de Pedro Gomes e Sonora. A condenação foi fundamentada no artigo 487, I, do Código de Processo Civil que trata do desvio de 58 servidores o que ainda ocorre na atual gestão.
Em 2012, Vanderley acabou derrotando Jajah por uma diferença de 23 votos e deu continuidade nos desvios de funções o que a Justiça entende como uma forma de tentar legalizar o ato, pelo fato de Vanderley ter sido prefeito por duas legislatura e não ter regularizado o quadro funcional. Outras ações envolvendo o ex-prefeito ainda corre no MP-MS como uma denúncia no Ministério Público. Os fatos envolveram o ex-vereador Etenir Honorato, o Tetê e Virgílio Atanásio Fontoura que na época dos fatos era o seu candidato a vice.
A iniciativa da Promotoria foi motivada por uma denúncia de compra de votos nas eleições de 2012, envolvendo José da Silva Ramos e Relhmica Ulhman que trabalhavam para a coligação da candidata a prefeita Maura Jajah (MDB) a qual pagava a quantia de R$300,00 para cada um dos denunciados além de ajudas de custos com gasolina que era utilizadas para a utilização de um veículo de som que fazia a divulgação das propostas de campanha de Maura.
Diz a denúncia que a época dos fatos, Virgílio, então candidato a vice na chapa de Vanderley procurou José e Relhmica oferecendo aos mesmos, o dobro do valor (R$ 600), além de mais dinheiro para os combustíveis. A eles foram impostos a condição de retirada de adesivos dos carros da coligação de Maura e abraçassem a candidatura de Vanderley.
Aceitaram a proposta e inicialmente receberam a quantia de R$100,00 do então candidato Vanderley. Relhmica por conta própria registrou o ato da negociação em vídeo e entregou para a coligação de Maura. Na ocasião também não foi feita nenhum registro de documento, contrato ou mesmo recibo o que configura o crime de compra de apoio político.
Na ação condenatória que tratou do desvio de 58 servidores, o magistrado condenou o ex-gestor municipal a ressarcir, o Erário com multas que no valor atual aproximam de R$180 mil. Após a sentença Vanderley está com os direitos políticos suspensos por 03 anos e proibido de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais, direta ou indiretamente, ainda que por pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo prazo de 03 anos. Mota tem 10 dias para que efetue o pagamento de multas e custas do processo sob o risco de entrar para a dívida ativa.
O ex-prefeito geriu a cidade pedrogomense com a disputa de 4 eleições sagrando-se vitorioso em duas. A primeira entre 2005 a 2008 e a segunda 2013 a 2016. O seu primeiro mandato foi marcado pela parte gerencial da prefeitura, destacando o pagamento em dia dos servidores e credores, algo que era raro em gestões anteriores.
Na ocasião, Vanderley derrotou a ex-prefeita Maura Jajah (MDB) por apenas cinco votos. Tentou a reeleição, mas foi derrotado por Maura Jajah. No pleito de 2012 derrotou Maura Jajah que buscava a reeleição, por outro mixaria, 23 votos. Até se esforçou e abraçou timidamente apoiou o plantio de soja em algumas região da cidade. Entretanto, o investimento não lhe deu retorno político e a cidade pouco ganhou com o cultivo do grão.
Vanderley sofreu por conta da falta de apoios nas políticas externas, emendas via deputados federais ficaram bloqueadas e outras perdidas por conta da falta de contrapartida.
Obras iniciadas na gestão Maura foram paralisadas e só retornadas na atual gestão, como as do Loteamento Amarra Cabelo, Ginásio de Esportes na Marcelino e escola no bairro Santo Antônio. Vanderley também sofria com protestos inusitados como a plantação de capim colonião em uma das vias esburacadas no centro.
Se apoio e isolado politicamente Vanderley apenas gerenciava o gabinete e honrava com grande esforço o pagamento de servidores e credores.Mesmo assim, buscou a reeleição em 2016 e acabou derrotado por William Fontoura(PSDB). A condenação ao qual trata a postagem não inviabiliza por enquanto uma eventual disputa de Mota para as eleições do ano que vem. Certamente tem impacto negativo e afasta possíveis aliados.
Uma via já oferecida a Vanderley e ceder e apresentar a esposa, Maura Mota ‘desejada’ na condição de vice por todos os demais pretensos candidatos. Vanderley ainda não deu sinais que irá ceder. Alimenta, mesmo condenado, candidaturas futuras. O futuro nos dirá.
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