quarta-feira , 14 maio 2025
Lar ♦BRASIL Rússia inicia transferência tecnológica para produzir vacina no Brasil
♦BRASIL

Rússia inicia transferência tecnológica para produzir vacina no Brasil

Processo deve ser acelerado devido à pandemia

por:Agência Brasil

Acordo entre o Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF) e a farmacêutica União Química pode permitir que a empresa produza no Brasil, ainda este ano, a vacina contra covid-19 desenvolvida na Rússia. Em entrevista coletiva de imprensa, o diretor executivo do fundo russo, Kirill Dmitriev, destacou que o processo de transferência de tecnologia já começou e, apesar de costumar durar até seis meses, deve ser acelerado devido à pandemia. 

A produção da vacina russa também deve ocorrer na Coréia do Sul, na China e na Índia, país em que os lotes também devem começar a ficar prontos neste ano. Sobre a América Latina, Dmitriev afirmou que o Brasil é um parceiro confiável e com um mercado importante e antecipou que novos acordos devem ser anunciados com o Peru e a Argentina. O executivo afirmou que os países devem buscar construir um portfólio próprio com mais de uma opção de vacina e defendeu que a tecnologia utilizada pelos russos esteja entre elas.

A vacina russa contra a covid-19 é chamada de Sputnik V e está em desenvolvimento pelo Instituto de Pesquisa de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya. A vacina utiliza a tecnologia de vetor viral, em que outro tipo de vírus é modificado e utilizado para transportar informações genéticas do novo coronavírus. Também funcionam dessa forma as vacinas da AstraZeneca/Oxford, da Johnson & Johnson e da Cansino.

A Sputnik V, entretanto, é a única entre elas a usar dois tipos diferentes de adenovírus humano como vetores virais, um em cada uma das duas doses previstas. As demais vacinas desse tipo utilizam apenas um tipo de adenovírus, humano ou de chimpanzé, para carregar informações genéticas do novo coronavírus e desencadear a resposta imunológica do organismo.

Durante a entrevista coletiva, o pesquisador Denis Logunov explicou que a estratégia de usar dois adenovírus diferentes busca produzir uma imunidade mais duradoura. Logunov também afirmou que os testes clínicos na Rússia não precisaram ser interrompidos até o momento por qualquer ocorrência de efeitos adversos graves, e foram registrados apenas sintomas leves, como febre ou dor no local da aplicação.

Deixe um comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Artigos relacionados

♦BRASIL

Habemus Papam: Robert Francis Prevost é eleito novo líder máximo da igreja Católica; ‘Leão 14’

Leão 14 Redação com G1 O cardeal Robert Francis Prevost foi eleito...

♦BRASIL♦PEDRO GOMES♦SONORA

Caixa paga Bolsa Família a beneficiários com NIS de final 8

 Com adicionais, valor médio do benefício está em R$ 668,73.  Agência Brasil...

♦BRASIL♦ÓBITOS♦PEDRO GOMES♦SONORA

Luto: Morre Papa Francisco aos 88 anos; 1º pontífice latino-americano

Religioso era argentino e fez de seu pontificado inclusivo. Acenou para comunidade...

♦BRASIL♦ELEIÇÕES 2024

Lula lidera contra Bolsonaro, Tarcísio, Michelle e Ciro, diz Datafolha

Instituto ouviu 3.054 pessoas entre terça (1º) e quinta-feira (3); margem de...