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Governo anuncia concessões, mas caminhoneiros mantêm greve

O governo brasileiro anunciou nesta terça-feira que eliminará a Cide sobre o diesel e a gasolina, na tentativa de acabar com a greve dos caminhoneiros contra a alta dos combustíveis, mas a proposta não contentou os manifestantes. Pelo terceiro dia seguido, caminhoneiros protestavam contra a alta no diesel e bloqueavam rodovias na manhã desta quarta-feira (23) no Rio e São Paulo.

Há protestos em trechos da BR 101, na altura de Itaboraí, no Rio de Janeiro

De acordo com a Polícia Rodoviária Federal, há pelo menos oito pontos de protesto em quatro rodovias que cortam o Rio de Janeiro. Segundo a PRF, os manifestantes estão apenas nos acostamentos das estradas e, portanto, não bloqueiam as pistas.

Na BR-101, há dois pontos de protesto: um em Campos, no km 75, e outro em Itaboraí, no km 296. Na BR-116, são três pontos: em Seropédica (km 204) e Barra Mansa (km 276), ambos na Via Dutra, e em Guapimirim (km 104), na Rio-Teresópolis.

Outros pontos de manifestação são: BR-393 (em Paraíba do Sul, no km 182, e, em Volta Redonda, no km 281) e BR-465 (em Nova Iguaçu, no km 17).

O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, anunciou um acordo com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Eunício Oliveira, para eliminar o imposto sobre o diesel e a gasolina (Cide), e pediu aos caminhoneiros que suspendam a greve. Mas a medida é considerada insuficiente pela Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam).

“Até um posicionamento efetivo do governo, a entidade pede firmeza nos protestos em todas as regiões do país”, declarou o presidente da entidade, José da Fonseca Lopes.

Nesta terça-feira, os caminhoneiros bloquearam estradas na maioria dos estados brasileiros, aumentando a pressão sobre o governo e pondo à prova a nova política de preços da Petrobras. Os protestos, a menos de cinco meses das eleições, obrigaram o aeroporto internacional de Brasília a “usar com mais cautela” o combustível dos aviões, pois os fornecedores ficaram retidos no entorno da capital nacional.

A greve teve maior incidência sobre estados do Sul e Sudeste. Na segunda-feira, 21 estados registraram bloqueios.

Os caminhoneiros exigem uma redução dos preços do diesel. Desde o início de maio, o preço do diesel das refinarias (antes dos impostos) subiu 12% e o da gasolina 14%. Mas a estatal se recusa a rever a política, que considera fundamental para sua estratégia de recomposição financeira e de imagem.

“Na abertura da reunião, foi logo esclarecido que de maneira nenhuma o objetivo seria o governo pedir qualquer mudança na política de preços da Petrobras”, disse o presidente da petroleira, Pedro Parente.

“Parece pouco provável que Temer reduza a nova autonomia política de preços da Petrobras, porque isso poderia provocar a saída do CEO Pedro Parente”, afirmou a consultoria Eurasia Group em nota de análise. “Uma compensação mediante corte de impostos parece mais provável, embora devam ser modestos, diante da oposição do Ministério da Fazenda.”

Greve afeta entrega de combustível no Rio

Por causa da manifestação, a entrega de combustível nos postos e empresas de ônibus está sendo prejudicada. Com a falta de combustível, algumas empresas de ônibus anunciaram que devem reduzir a frota nesta quarta-feira no Estado do Rio.

O RioÔnibus, sindicato que representa as concessionárias de ônibus do município do Rio, informou que ainda não há um balanço sobre a circulação dos coletivos nesta quarta-feria, mas que as concessionárias que tinham estoque de combustível nas suas garagens colocaram as frotas nas ruas. Algumas que não tinham estoque estão recorrendo ao abastecimento em postos de gasolina comuns.

A prefeitura divulgou nota nesta terça-feira aconselhando a população a recorrer a transporte coletivo de massa, que não usam óleo diesel, como o metrô, os trens e o VLT (bonde que circula no centro da cidade). O MetrôRio, concessionária que administra o metrô, reforçou as equipes nas estações para receber um número maior de passageiros.

Com AFP e Agência Brasil

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