Na última semana de dezembro preço médio do litro era R$ 4,21, mas está em R$ 4,24.
Correio do Estado
A morte do comandante de alto escalão da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã, general Qassem Soleimani, em um ataque aéreo realizado pelos Estados Unidos em Bagdá, capital do Iraque, gerou especulação no mercado financeiro mundial. A cotação do barril do petróleo disparou, chegando a quase US$ 70 na sexta-feira (3). Com a variação no preço do petróleo, o aumento pode ser sentido, já nos próximos dias, nas bombas dos postos de gasolina de Mato Grosso do Sul.
Segundo o diretor do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência (Sinpetro), Edson Lazarotto, por conta da política adotada pela Petrobras desde 2016, ela altera seus preços de acordo com o mercado internacional. “Sempre que ocorre qualquer fato [como o ataque de sexta-feira], a Petrobras imediatamente atualiza seus preços e repassa às refinarias, que repassam às distribuidoras até chegar aos postos. Entendo que o aumento do barril foi de 4%. Poderemos ter, sim, nos próximos dias essa atualização de preços aqui”.
Lazarotto ainda reforça que caso haja aumento do preço dos combustíveis, ele só será sentido no início da próxima semana. “Creio que no início da próxima semana teremos uma posição mais consistente. Como temos o fim de semana, a decisão de reajuste e de quanto poderá se consumar deverá ser no início da semana que vem”, diz.
Conforme informações do Estadão Conteúdo, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que o assassinato do general iraniano Qasem Soleimani, em ação militar dos EUA, vai impactar no preço do combustível no Brasil. Bolsonaro disse que a gasolina já está alta e, se seguir subindo, “complica”. “Vamos ver nosso limite”, declarou.
O presidente disse ainda que é preciso mostrar à população brasileira que ele não pode tabelar o preço de nada. “Já fizemos essa política no passado, de tabelamento; não deu certo. A questão do combustível, nós temos de quebrar o monopólio. Distribuição é o que ainda mais pesa no combustível, depois de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços [ICMS], que é imposto estadual. Não é meu. Vamos supor que aumente o combustível. Os governadores vão vibrar”, disse Bolsonaro ao Estadão.
PREÇOS
O levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aponta que, de 22 a 28 de dezembro, o preço médio do litro da gasolina em Campo Grande era de R$ 4,21. O menor valor do litro era encontrado a R$ 4,09 e maior valor praticado era de R$ 4,39.
Conforme a pesquisa realizada pelo Correio do Estado nesta sexta, a média do litro da gasolina é de R$ 4,24. O menor valor praticado pelos postos de combustíveis da Capital era de R$ 4,18, o litro da gasolina. Enquanto o maior custo para o litro do combustível foi de R$ 4,29.
Outro combustível que pode ter o valor elevado, por conta da variação do petróleo é o diesel. De acordo com os dados da ANP, o litro do diesel custava entre o valor mínimo de R$ 3,48 e o máximo de R$ 3,89, no período de 22 a 28 de dezembro. A média para o litro do combustível em Campo Grande era de R$ 3,71.
Nesta sexta-feira, segundo o levantamento realizado pelo Correio do Estado, o litro do diesel era vendido por R$ 3,86 em média. O combustível era comercializado com valor mínimo de R$ 3,74 e o máximo de R$ 3,97, por litro.
AUMENTO NO ICMS
No início do próximo mês, a gasolina sofrerá outro reajuste. O aumento de 5% no ICMS da gasolina é parte do pacote fiscal aprovado pelo governo de MS. A medida foi publicada no começo de novembro no Diário Oficial do Estado.
De acordo com o diretor do Sinpetro, mesmo com as altas, a expectativa é de estabilidade. “Sempre temos a esperança que o Brasil se estabilize em sua economia. Mesmo com o aumento do ICMS da gasolina pelo governo estadual a partir de fevereiro, vamos torcer que esse primeiro semestre de 2020 nos traga surpresas agradáveis”, ponderou Lazarotto.
MEDIDAS
Conforme informações do Sinpetro, o governo federal estuda medidas para que o impacto no preço dos combustíveis não seja tão alto logo no início do ano. A Associação dos Importadores de Combustíveis (Abicom) aguarda posicionamento da Petrobras para a semana que vem, segundo informações do Estadão Conteúdo.
Deixe um comentário