Fiéis eram ligados a Renovação Carismática e a Canção Nova. Disseram que Bolsonaro foi escolhido por Deus para colaborar com o seu plano de salvação.
por:JM e Paulo da Silva
Uma ala radical católica, a Renovação Carismática foram em procissão até ao Palácio da Alvorada com a imagem de um dos ícones mais conhecido de sua crença, a Nossa Senhora de Fátima rezar pelo presidente Jair Bolsonaro. O encontro ocorreu na noite desta quarta-feira, dia 8. Agrupados e ignorando o total isolamento os religiosos estavam portanto, expostos a contaminação pelo Covid-19, o novo coronavírus.

Os fiéis declaram apoio ao presidente e disseram estar rezando por ele. Bolsonaro alertou os religiosos contra o “mal” do comunismo que sempre assombra o País. “Um pouco de história não faz mal a ninguém. Já passamos momentos difíceis em 1922,1935 e 1964 e também em 2016. Esse mal que sempre assombra, a gente tem que ficar ligado, porque depois entra, toma conta do corpo é quase impossível, para não dizer impossível, muito difícil sair”, afirmou Bolsonaro.
O presidente citou países com governos autoritários de esquerda, como Cuba, Venezuela, Coréia do Norte, Polônia entre outros do Leste Europeu, nos anos da antiga União Soviética. “Alguns negligenciaram isso aí, depois que acontece fica difícil”, disse. Bolsonaro ainda lembrou do golpe militar de 1964 no Brasil, num contexto de luta contra o comunismo, teve apoio “ de toda a igreja Católica”.

O grupo mandou saudações em nome da Canção Nova, disse que Bolsonaro tem apoio da “milícia celeste” e fizeram críticas à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) entidade presidida por uma ala do clero considerada mais progressista. “Apesar de a CNBB criar aquela situação, nós católicos estamos com o senhor”, disse uma apoiadora.
A CNBB já assinou documento em que Bolsonaro é acusado de desinformar e ameaçar a saúde da população. “A campanha de desinformação desenvolvida pelo presidente da República, conclamando a população a ir para a rua é uma grave ameaça à saúde de todos os brasileiros”, dizia o texto.

Os religiosos rezaram uma Ave Maria e pediram bênçãos para tirar “uma carga” dos ombros do presidente, para o País “voltar a trabalhar, produzir e salvar vidas e livrar o Brasil do comunismo”. Bolsonaro ouviu cânticos católicos, como a Consagração a Nossa Senhora. O presidente recebeu de presente um terço dos nascituros, contra o aborto.
Os apoiadores do presidente disseram que ele foi “escolhido por Deus para colaborar com o plano da salvação de Jesus Cristo e que o aparelhamento do Estado pelo comunismo e por forças secretas serão vencidos pelo poder de Deus”. Elogiaram a aproximação do Brasil com Israel.
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