Buraco estava sendo escavado há seis meses já havia chegado embaixo do cofre.
Diário Digital
Grupo criminoso que planejava roubar o Banco do Brasil em Campo Grande já havia gasto R$ 1 milhão para colocar em prática todo o “projeto” de assalto. De acordo com a Delegacia de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros (Garras) o dinheiro foi usado para pagar o aluguel da casa de onde começou a ser escavado o túnel que já chegava quase debaixo do cofre da agência. A quadrilha também alugou outros imóveis que serviam de ponto de apoio em outros bairros, entre eles o Zé Pereira e o Parque Lageado.
Para locar as casas e abrir contas de água e energia, os membros do grupo utilizaram documentos falsos. Um casal que faz parte da quadrilha tinha uma construtora no estado do Mato Grosso e vendeu tudo para investir nesse plano de roubo. O esquema estava sendo planejado e colocado em prática há pelo menos 6 meses de foram minuciosa.
O túnel já tinha cerca de 70 metros de comprimento. Começou a ser escavado de uma edícula nos fundos da residência na Rua Minas Gerais, próxima à agência que funciona na Avenida Presidente Castelo Branco, na região do Bairro Coronel Antonino.
Na parte da frente deste imóvel ficavam cômodos que eram usados como alojamento e cozinha para os “trabalhadores”. Todo o planejamento do grupo era muito detalhado incluindo funções específicas como mestre-de-obras.
Ao final da escavação, cerca de 2 metros por dia, os homens usavam cal nas próprias mãos para apagar as impressões digitais. Também tinha o hábito de retirar todos os rótulos de produtos que entravam no local para que os produtos não fossem rastreados. Foram encontrados cerca de 100 metros cúbicos de terra ensacada na base da organização criminosa. O túnel foi escavado a 6 metros de profundidade e era equipado com ventiladores, iluminação e interfone para que quem estava na casa se comunicasse com quem estava debaixo da terra. No túnel não havia sinal telefônico, uma forma de serem rastreados, eles também fizeram buracos em alguns pontos para inserir uma pequena câmera para terem uma noção de espaço.
Eles filmaram toda a sala de contagem de dinheiro. Foram encontrados bloqueadores de celular na residência. A polícia acredita que os equipamentos seriam usados para barrar o sinal dos chips contidos nos malotes que o grupo pretendia roubar. O esquema começou a ser desarticulado na noite de sábado. Morto durante a Operação Hórus, na madrugada de domingo (22), José William Nunes Pereira da Silva, 48 anos, já participou do roubo a uma agência da Caixa Econômica Federal em São Paulo. Nesse assaltado foram levados R$ 6 milhões em joias de 5 mil clientes.
Do confronto entre policiais e membros da quadrilha na madrugada de domingo, cinco envolvidos estão presos, dois morreram e um permanece hospitalizado. Investigadores do Garras acreditam que ainda existem mais pessoas envolvidas. A quadrilha era monitorada há 6 meses e aos poucos, a polícia divulga detalhes sobre o assalto planejado para a Capital. O bando, segundo tinha integrantes do Nordeste e São Paulo, alguns deles, como José William, são classificados como especialistas em roubos a bancos.
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