O Instituto Médico Legal (IML) de Curitiba apresentou nesta quinta-feira, 22, o laudo com os detalhes do brutal assassinato do jogador Daniel Corrêa. Segundo os peritos, a causa da morte foram os cortes no pescoço do jogador, mas não foi concluído se seu órgão sexual foi decepado antes ou depois do degolamento realizado pelo empresário Edison Brittes, autor confesso do crime.
“Foi constatado que, de fato, a causa mortis foi o degolamento parcial. Chegou a haver a exposição da coluna cervical da vítima. Haviam coágulos na região amputada, evidenciando que esta lesão ocorreu muito aproximadamente ao momento da degola, mas não há como precisar o tempo em que cada lesão ocorreu. É possível que tenha sido muito próximo”, declarou Paulino Pestre, diretor do IML.
Os peritos também investigaram os locais onde o crime aconteceu e concluíram que os suspeitos tentaram limpar os locais para esconder evidências logo após o assassinato. Segundo o laudo do IML, não é possível concluir o número exato de pessoas que participaram diretamente do assassinato, mas foi constatado que Edison Brittes teve ajuda para carregar o corpo do jogador do São Paulo, que estava emprestado ao São Bento.
“O corpo tinha uma pequena marca no dorso que indica um arrastamento. Não é possível precisar quantas pessoas ajudaram, mas foram, pelo menos, duas. Possivelmente, uma segurando nos pés e outra nas mãos da vítima, por cerca de 20 metros”, afirmou o perito criminal, Jerry Gandin.
A Polícia Civil de São José dos Pinhais divulgou na última quarta-feira o inquérito onde indicia os sete suspeitos que participaram do assassinato de Daniel. “A Allana e a Cristiana Brittes serão acusadas de fraude processual e coação de testemunhas; O Eduardo Purkote por lesões graves; O Igor King, David da Silva e o Eduardo da Silva e o Edison Brittes serão acusados de homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
O caso
O jogador Daniel Corrêa foi encontrado morto próximo à cidade de São José dos Pinhais, interior do Paraná, no dia 28 de outubro. O corpo do atleta de 24 anos, com passagens por Cruzeiro, Botafogo, São Paulo e Coritiba, estava com o pescoço degolado e o órgão sexual decepado.
O empresário Edison Brittes, conhecido como “Juninho Riqueza” assumiu a autoria do assassinato, mas advogados do jogador e da família Brittes apresentam versões diferentes para o crime.
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