quarta-feira , 10 setembro 2025
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Professora de MT é afastada por xingar nordestinos de ‘burros’ em sala; família de aluno denunciou caso

Secretaria Municipal de Educação de Lucas do Rio Verde, a 360 km da capital, apura conduta da profissional, que pode ser exonerada do cargo. Caso ocorreu no dia seguinte ao primeiro turno das eleições.

G1-MT

A Prefeitura de Lucas do Rio Verde, a 360 km de Cuiabá, afastou, nesta terça-feira (11), a professora da Escola Municipal Vinícius de Moraes que chamou os nordestinos de “burros”, entre outros xingamentos, em sala de aula. O caso foi denunciado pela família de um dos alunos, que é do Recife (PE), e um boletim de ocorrência foi registrado na Polícia Civil.

Professora é afastada de escola após xingar nordestinos — Foto: Assessoria/Prefeitura Lucas do Rio Verde

Segundo a Secretaria Municipal de Educação, o afastamento deve durar até que a pasta ouça testemunhas do caso e avalie a conduta da profissional, que pode ser exonerada do cargo. A professora atua na rede de ensino desde 2021. O g1 não conseguiu localizá-la até a última atualização desta reportagem.

O xingamento ocorreu dentro da unidade no dia 3 de outubro, um dia depois do primeiro turno das eleições, durante atividade com alunos do quinto ano, segundo o pai da criança, o professor Ademir Santana Pereira.

Ao g1, Ademir disse que o filho chegou chorando na casa da avó, depois do ocorrido.

“Ele contou que a professora falou que os nordestinos são todos burros e filhos da p*** por ter votado no Lula e não no Bolsonaro. Ele ficou chateado, porque nasceu em Recife e se sentiu humilhado”, afirmou.

Ademir relatou que foi até a escola e conversou com a diretora do colégio. A reunião, segundo ele, foi registrada em ata. Ele também acionou a Ouvidoria do município.

Depois disso, a professora conversou com a criança na escola, conforme o pai, e teria dito que a situação foi um mal entendido.

“A professora o procurou, o que não achei legal. Ela deveria ter falado comigo, se quisesse pedir desculpas ou algo assim. Mas ela não pediu desculpa, disse que ele entendeu errado e não foi isso que ela quis dizer. Mas, segundo meu filho, os amigos também ouviram”, contou.

Segundo Ademir, o período eleitoral deveria ser usado por todos para demonstrar a importância da tolerância e das diferenças.

“Nós vivemos em um país democrático, onde somos livres para votar nos políticos que acharmos que vai fazer diferença para o país. Acredito que as pessoas deveriam tirar esse ódio do coração e tentar dar o exemplo, já que nós estamos em um período eleitoral, onde as pessoas aproveitam para falar mal uma das outras e prejudicar a imagem de uma região”, disse.

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