Pedro Gomes: Casa de Leis pregam harmonia, mas gestão Murilo mantêm desconfianças-, contratações de ‘desalentados de William’

Na abertura dos trabalhos da Casa de Leis, ontem (3) foi marcada por recados e discursos de que o legislativo municipal quer viver na mais perfeita harmonia com o executivo municipal. Entretanto, a contratação de partidários do ex-prefeito William Fontoura (PP) faz cair por terra o discurso de que a Casa não desejar-, ao menos um confronto ideológico com o prefeito Murilo.

A contratação de Thayene Lima dos Santos e de Douglas Carvalho é um claro recado de que a Câmara não está na mesma wibe de Murilo-, que repaginou quase todo seu secretariado. Ficou apenas com Marcioney Barbosa da Silva nas finanças.

No ‘Palácio do Amarra Cabelo’ essas contratações por Reges é vista como ‘cutucão’ em Murilo mais patota criando uma relação de desconfiança entre os dois poderes.

“Uma coisa é você fala, outra coisa é fazer”, pontuou um partidário de Murilo, sob a condição de anonimato. “O fato de a Câmara contratar essas pessoas que mamavam nas tetas da prefeitura é um claro sinal de tanto William quanto Normando vem apitando indiretamente na Câmara”, observou.

Garoto de recado

O vice-prefeito, Edy Resende (PL) foi quem marcou presença na abertura dos trabalhos da Casa. Levou junto três secretários da gestão Murilo. Da tribuna vereadores mandaram Edy ser porta voz da propalada harmonia que a Câmara deseja com Murilo.

Foram discursos enfáticos de que pretendem ter o melhor diálogo com o chefe do executivo, apesar das divergências políticas. O vereador Sergio Carlos Borges (MDB), Adaides Francisco de Moraes, o Lobinho (PP), Sandoval de Oliveira (MDB), foram os mais enfáticos em sinalizar parcerias com o atual prefeito.

As contrações dos antigos secretariado de William ainda é um problema de Reges. Mas, o fato em si será usado no momento apropriado para desacreditar qualquer embate entre Câmara e Executivo.

Outra vantagem e Murilo é o prestigio que mantém junto a opinião pública. Qualquer sinalização da Câmara para prejudicar o delegado que virou prefeito, a tropa de choque de Murilo entrará em ação e o Plenário será lotado de correligionários em defesa da atual administração.