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A OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que uma em cada 11 pessoas tem diabetes no mundo. De acordo com levantamento da IDF (International Diabetes Federation), o Brasil tem cerca de 14 milhões de diabéticos, figurando como o 4º do planeta em números absolutos de portadores. Quase 7 milhões não sabem que têm a doença.
O diabetes se dá quando o organismo não consegue degradar moléculas de glicose corretamente ou em velocidade suficiente. A glicose é um tipo de açúcar, essencial para a vida. Mas em altas taxas no sangue pode provocar danos em órgãos como os rins, levar à amputação de membros inferiores e causar cegueira.
Para ter diabetes é preciso ter pré-disposição genética à doença e outras associações, como obesidade, sedentarismo e histórico familiar”, explica Andressa Heimbecher, endocrinologista da SBEM-SP (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional de São Paulo). Atividade física e alimentação balanceada são fatores essenciais de prevenção e tratamento.
Existem duas categorias de diabetes, os tipos 1 e 2. A primeira é relacionada ao sistema autoimune, em geral identificada na infância ou adolescência. Pacientes com essa variação precisam fazer reposição de insulina. No tipo 2, a insulina é necessária apenas em alguns casos. Ocorre quando o organismo não produz insulina suficiente para controlar a taxa de açúcar no sangue.
“Esta doença não tem cura e desencadeia problemas vasculares, como a trombose, obstrução das artérias, aneurisma da aorta, entupimento das veias, hipertensão, entre outras complicações”, alerta Robert Guimaraes, especialista em cirurgia vascular, endovascular e angiorradiologia.
Segundo a IDF, por conta de suas complicações, o diabetes tornou-se a doença que mais mata no mundo. Das mortes por doenças cardiovasculares – superiores a óbitos por HIV, tuberculose e câncer de mama – dados da federação mostram que 80% são de diabéticos.
Metrô oferece testes de glicemia
No Dia Mundial do Diabetes, celebrado hoje, a estação República do Metrô (linha 3-Vermelha), recebe um posto móvel para fazer testes gratuitos de glicemia, das 10h às 17h. Quem for diagnosticado com alterações de glicemia receberá informações básicas e será orientado a procurar um serviço de saúde.
Também na linha 3-Vermelha, na Sé, haverá centenas de testes rápidos para diagnóstico do diabetes, das 9h30 às 15h30.
ENTENDA O DIABETES
O que é: Desordem no metabolismo da glicose, caracterizado pelo excesso desse nutriente no sangue – isto é, açúcar.
A glicose só pode ser absorvida com ajuda de insulina, hormônio produzido pelo pâncreas.
Tipo 1
Afeta um em cada nove diabéticos, em geral surge na infância ou na adolescência e acompanha a pessoa pelo resto da vida. Exige controle permanente.
Tipo 2
Manifestação mais comum (90% dos casos atuais). Aparece com mais frequência em pessoas obesas e sedentárias.
Pode causar:
• Acidente vascular cerebral
• Coma diabético
• Complicações degenerativas como cegueira e falência dos rins
• Amputações não-traumáticas de pernas e pés
• Morte por doenças cardiovasculares
Sintomas:
• Volume exagerado de urina
• Sensação de sede excessiva
• Desidratação
• Fraqueza
• Cansaço
• Náuseas
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