Clarice Ewerling (MDB) a primeira mulher a ‘reinar’ no executivo sonorense, tem razão quando chorou em várias ocasiões-, em suas falas nas festividades dos 37 anos de Sonora. A festa foi um sucesso. Foi uma festa estratégica para de fato promover o retorno do MDB a prefeitura sonorense. Com algumas mudanças estruturais fez o público ficar encantado. Uma entrada de led na entrada, bandeiras principais nas paredes que sustentam a arena, esculturas country e um guindaste no meio da arena sustentando um telão, surpreendeu. O resto, gente de todo tipo e jeito a perder de vista. Gente bem vestida, com roupas de rodeio, peões… Teve até a Cavalaria da Polícia Militar!
As divisões dos camarote pareceu-me desproporcional. Parecia que os “ricos” ficaram de um lado e os “pobres” do outro. Não é só um detalhe, é algo que chamou a atenção. Vereadores tiveram um camarote exclusivo também; deveria estar mais próximo do povo-, mas não, estiveram num cantinho só deles. O presidente da Casa, o Professor Laudir Abreu fez um discurso rápido e enalteceu a cidade e os munícipes. Teve o discurso do marido da prefeita, Orlando Gouveia que mandou bem nas suas falas. Nenhuma das mulheres que ocupam uma das cadeiras da Casa discursaram; As Professoras, Clotilde ou Flávia. Outro erro. Ao menos um boa noite, um tchauzinho, um aceno mais assanhado para a plateia, nada disso. E olhe que a Casa de Leis sonorense tem um seguimento de vereança bem dinâmico. Tem até um enfermeiro.
Se as meninas foram de uma certa forma boicotadas, o que dizer do probrezinho do Joaquinzinho então, quase não era visto. Ele é moreno, bem baixinho, franzidinho, careca… E o Douglas Azia?. Jesus apaga a luz! Acreditem ele oferecia carona na cadeira automática dele. Tipo a pessoa teria que sentar no colo dele e ele levaria a pessoa se ela estivesse cansada, enfim. Compreendemos. Era apenas uma forma dele ser engraçadinho. Uma anedota com um duplo sentido- erótico, para quebrar o gelo, num clima que parecia tenso. Eu fiquei olhando o vereador que as vezes usa um sombreiro na cabeça; tipo aqueles chapelões estilo mexicano. Sonda na uretra…Mas, vamos lá. Como tenho uma imaginação fértil fiquei imaginando [sério] eu sentado no colo dele e a gente rodopiando na arena do rodeio. Espia que doideira.
Pois bem. Vamos deixar a vereança em paz.
Almoço
A prefeita Clarice se gabava muito de ter feito a tal ‘queima do alho’. Clarice e sua trupe ofereceram um almoço no domingo para o público. Um arroz carreteiro e refrigerante a vontade. Não era nada de mais, mas significativo. O ex-prefeito Enelto Ramos em gestões anteriores oferecia logo na entrada da festa, carreteiro, caldos e teve uma vez que teve até feijoada. Tão bom quanto. É fato que forrar o estômago dos festivos não foi uma exclusividade da era Clarice. Vejam as imagens:
Entretanto, ‘amei’ ver Gouveia, Jansen, Vicente, Flavinha e Ctda, a própria prefeita servindo as pessoas, trajados de aventais e toucas. Estava bom até. Era um arroz carreteiro-, carnes com pedaços de queijo. Um prato bem sem imaginação viu, igual as comidas de gaúcho. Nada contra essa gauchada, mas nada contra. Por vezes, muitos deles são de ego elevado e muito gogó. Muitos não quero dizer todos. Mulheres são lindas. Os homens com aquelas bombachas, chapéu medonho na cabeça, faca atrás guardada no cinto com aquelas fivelonas, affe. Muitos deles cheios de ego e muito gogó. Teve uma vez no hotel que me hospedeu tinha um grupo de gaúchos hospedados. Durante o café da manhã, ela começou do nada, falando que tinha perdido o pai dela de câncer e entre reclames, e choramingos falava da dor que lhe afligia. Me incomodei. Claro eu compreendo a dor de qualquer perda. Mas, na ocasião, parecia que somente ela sofria no mundo por ter perdido alguém e que ela não merecia. Um porre. Tá vendo, até na dor eles querem exclusividade. Mas, ok. Eu vou parar por aqui é melhor.

Voltando para as comida grátis. Deveriam ter feito uma salada também. No sul, é hábito assar carne com sal grosso. Algo bem simples, simples mesmo, sem imaginação. Ok, eu comi duas vezes, um pratão bem grande. O da Maçonaria estava impecável, assim como todas as coisas que os ‘Irmãos da Escola Arcana’ costumam fazer. Ah, teve o café da manhã na prefeitura na terça-feira,3. Isso também aconteceu na então gestão Enelto. Novidade nenhuma. Mas a prefeita me confidenciou que as comilanças de graça, para o ano que vem terá churrasco, que já ganhou até vacas. Veremos então.
Emedebistas e ex-prefeito Mano e Enelto
A tropa de choque de Clarice trabalhou bem. Acionaram a imprensa regional, valorizaram quem gosta de contar os fatos e não criou empecilhos-, era festa, o clima era festivo. Tinha os puxa-sacos, claro sempre tem. Essas pessoas que são como carvão; acesso de queima e apagado te suja. Ouvi um chamar o Vicente Schaefer de ‘pai’. Ele franzia a testa, parecia não ter gostado da bajulice. Affe, que gente ordinária. Chamar a Clarice de mãe é até compreensível, mas chamar o Vicente de pai, Deus me defenda. Respirei fundo e quase tive um tilico tico.
A festa, o sucesso de tudo parecia ter que cair na conta do ex-prefeito Antônio Zelir Maggioni, o Mano. Foi ele quem começou com as festividades no quesito. O nome dele era citado de forma discreta, mas efetiva. Rodeado dos amigos e conhecidos, comemorava o sucesso da festa nos camarim.

Fátima Maggioni, deu alguns pitacos para a decoração da festa. As esculturas no rol de entrada da arena foi ideia dela. No camarim, estratégico bem perto das montarias. Tinha cadeiras confortáveis para ela e amigos selecionados se sentar. Até deixou eu sentar um pouquinho. Ela falou no meu ouvido: “eu gosto muito de você”. Fiquei vermelho com o elogio. Me senti protegido. Me oferecia as coisas. Além de linda, humana e simpática.
Os emedebistas-, o grupo de hoje na prefeitura são bons em fazer festa. Eles parecem fazer as coisas para o ego pessoal, daí depois eles lançam para o povo. É algo bem gaúcho-, se gabar dos feitos e se sentirem felizes e realizados com isso. O MDB em si, busca fazer as coisas certinhas pelo simples fato de se sentirem donos do poder. Muitos deles parecem ter ranço do ex-prefeito Enelto. Foi indicado e eleito pelo partido e depois buscou voo solo. Entrou para a lista negra deles. Derrotou a própria Clarice quando tentou retomar o poder. Enelto buscava a reeleição. Agora no poder, percebe-se uma certa implicância com Enelto, e ele está tocando a vida. Deve sentir falta do poder, afinal de contas o poder é embriagador. Depois que você toma deste cálice, somente os fortes resistem aos encantos do poder. É normal. Mas, Enelto segue incomodando e a história de 8 anos de mandato com mais acertos que erros, deixou seu legado. Foi ele o ‘pai’ da ExpoSonora! Começou com ele e hoje é o sucesso que é. Enelto foi visitar a feira. Foi cumprimentado por expositores e populares.
Algumas obras que serão começadas e concluídas na gestão Clarice teve o dedo dele. Fato: os emedebistas de carteirinha sabem disso e lógico não conseguiram apagar a história. É um político que poderá ser a pedra no sapato de Clarice e patota já no ano que vem. Deverá sair candidato a deputado estadual pelo partido da madrinha, a senadora Tereza Cristina. Ah, foi na festa na segunda,2. Andou tirou fotos e reviu amigos.
Clarice Jucelina
A estratégia política agora é pregar algo que impulsione Clarice claro já de olho em reeleição. O MDB ama o poder. E começa com os exageros. Correndo contra o tempo, tentam fazer colar nela um apelido de fazedoras das coisas. “Clarice Jucelina” é para nadar nos feitos do então presidente Juscelino Kubitschek que governou o país no final de 50 entrando para a de 60. Ele foi um visionário. Político carismático, como todo bom mineiro marcou seu governo pela construção da nova capital federal Brasília, com ares de desenvolvimento e modernismo.
Olhe numa boa. Clarice e patota deveriam ir mais de vagar. Calma gente. Não cobrem muito da coitadinha da Clarice. Acalmem-se. Vamos separar as coisas. Juscelino foi Juscelino e Clarice ainda precisa ser Clarice. Aquela Clarice que tocou a prefeitura na época do Mano quase ninguém lembra mais. É uma nova história agora. Tem poucos meses de mandato e precisa somente dar o verdadeiro rumo a sua gestão. Ela já deu passos relevantes. Atendendo uma classe carente por moradias.
Ela e equipe deve saber que isso fideliza eleitor, o resto é trabalho, muito trabalho, e um pouco de sorte. Ela como toda mulher, tem o lado sensível que toda mulher sonorense tem. Deve saber que política é pele, se ela não sentir o que o sonorense sente, essas coisas de empatia, proximidade ela ficará sufocada e sucumbirá. Ouça mais o coração e menos os idiotas ao redor. Sabe essa gente escrota, aproveitadora, bajulenta, enxerida, pidona… bota para correr.
Não queiram inventar a roda, fazer peripécias como subir em telhado para ver goteiras, por favor né. O sonorense não é trouxa. Ele sabe que Clarice só subiu no telhado para fazer marketing, que ela não subiu com massinha para tapar os buracos por onde vazava a água. Receita pronta: Menos é mais. E o mais é isso. Há uma longa e árdua caminhada pela frente. Grandiosos desafios pela frente e a sorte brilha para ela por enquanto.
Tivemos depois de 19 anos um campeão sonorense no rodeio. Foi lindo de ver. Para confirmar que a sorte brilhou para a mulher que governa pela primeira vez Sonora, no momento da premiação caia uns pingos de chuva. Para mim, foi um recado, a sorte está com ela! Vê senão abusa. Boa sorte minha querida e que seus caminhos sejam prósperos e que os sonorenses tenham o retorno disso.
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