Prefeito almeja unir os dois: Tutinha e Ezequiel; mas esbarra em seus egos. Já tem um plano B. 

O prefeito Enelto Ramos (PP) voltou à ativa depois de quase duas semanas afastado por conta de uma virose. O gestor voltou a despachar na prefeitura e aos poucos se articular politicamente tendo em vista as eleições de outubro. Como se sabe, o grupo do prefeito ficou desfalcado após a ida de seu vice, Valter Pereira para o lado do MDB, que tem Clarice Ewerling como virtual candidata da sigla.

Ontem, Enelto teve uma conversa longa com Dalmi Tuta, o Tutinha que é filiado ao seu partido o PP. De acordo com uma fonte, que pediu anonimato, além de avaliar o cenário apresentou o resultado de uma última pesquisa eleitoral (interna) a Tutinha. O administrador já agendou conversas com Ezequiel e Cléber para conversarem sobre a eminente disputa.

Enelto trabalha em cima de pesquisas, e novos números da sondagem eleitoral foram revelados. A loura do MDB ainda pontua confortavelmente. Depois Tutinha e Ezequiel vem embolados. Foram excluídos os nomes de pastor Valter atual vice e taxado por ‘traíra’ e Jansen Peixoto, aquele do rolo dos besourões. Dois ‘rolentos’ de ‘casinhos políticos com a loura do MDB’. Acreditam que eles sejam usados apenas como ‘cavalos de batalhas’. Mesmo como eventuais vices, não acrescentam ao ponto de garantir a eleição da quase pálida-, Clarice.

Em todos os casos, para o MDB pegar de volta a prefeitura terá que lutar. Mesmo com a situação aparentemente favorável não tem eleição ganha. Terá que ir para a disputa, e claro convencer o eleitor sonorense. Eleição se ganha no dia. Claro que os grupos ajudam, mas alianças não são tudo numa peleja eleitoral. Ainda mais se tratando de Valter e Jansen que ‘brigam’ pela boquinha de vice. Valter está com a pecha de ‘traíra’-, por ter deixado Enelto e pular para o barco do MDB. Jansen já estava do lado da loura. É só olhar para a Casa de Leis e verificar que a Casa é uma extensão da influência do ex-prefeito Mano. Fora o rolo da compra dos besourões, a falsificação de documentos da Casa em 2014 que ele ainda terá que dar explicações na justiça. Ou seja, os dois não agregam tanto assim. Podem ser até se tornarem um ‘cavalos de troias’ diante das escorregadas agregadas as suas biografias políticas. Tomem nota.

Tutinha e Ezequiel

Enelto ainda dará uma última cartada. Quer unir os dois homens para tentar dar mais uma ‘coça eleitoral’ na coitadinha da Clarice. O problema são os egos dos dois. Um não cede, os dois tem fome de poder. De fato, o poder é embriagador! Tutinha é o nome mais complicado de trabalhar. Teve a chance de encostar em Enelto, após ser reeleito vereador. Virou Presidente da Casa de Leis e foi curtir a vida. Sombra e água fresca, vendo as nuvens passar, soltando gás fedido. Jogos de baralhos no Balneário Por do Sol… na ociosidade. Enelto e a primeira-dama Adenir Franco até cobrava mais proximidade de Tutinha. “Cola em nós que você brilha Tutinha”, dizia o casal do executivo. Esforço perdido.

Ezequiel assistia tudo e maquina nos bastidores. Focava na cadeira executiva. Fazia o corpo a corpo. Tem mais lábia, mais ginga, mais flexível… coisa de baiano. É mais povão. Entretanto, sabe que sozinho não chega a lugar nenhum. Precisa de aliados para pensar em peitar Clarice. Uma tarefa difícil para Enelto, que já deve estar pensando em um plano B. Caso não dê certo eleger um nome de sua base, vai fazer de tudo e mais um pouco para eleger vereadores e ter o domínio da Câmara de Vereadores. O futuro nos dirá. Voltaremos.